A mente é um depósito de amargura.
Ela coleciona sons, feridas, insultos.
E fica remoendo isso durante anos.
Se olharmos para nossa mente, ela nada mais é do que uma sucessão de feridas.
Então a vida se torna um inferno, pois só recolhemos os espinhos.
Alguém pode ter sido carinhoso com você durante anos, pode ter sido gentil e amoroso, mas basta essa pessoa dizer uma coisa que o machuque e todos esses anos de amor e amizade desaparecem.
O que ela disse, esse pequeno evento, se torna muito importante, passa a valer mais que todo o resto que ela já fez.
Você irá se esquecer completamente de seu amor e sua amizade, assim como de todos os sacrifícios que fez para você.
Se lembrará apenas daquilo que o feriu, e desejará se vingar.
Esse é o caminho da mente.
A mente funciona de forma muito feia.
Não possui qualquer graciosidade.
Transcenda-a, e você terá superado toda a amargura.
Quanto mais você se distanciar da mente, mais doce será a sua vida, doce como o mel.
A meditação é doce, a mente é amarga.
Passe da mente à meditação.
Ultrapasse a mente.
Não seja controlado ou dominado por ela: seja um mestre.
Nesse caso, a mente estará bem, você poderá usá-la.
Uma vez que você saiba o que é a meditação, que saiba como existir sem a mente, você pode usá-la sem que a mente use você.
Esse é o momento a partir do qual sua percepção de mundo passa a ser alterada por dentro, quando a rebelião ocorre, quando a fragrância é liberada.
Fonte: Motivação e Foco